domingo, 11 de dezembro de 2011

Suicídio não, talvez eutanásia!

Boto a boca no trombone... Meu estômago está entupido.

Quero água, ora sim! Quando boca seca, nem afino minha voz, é o arco que frigi as cordas do tal principiante. Portanto, mais da metade de tudo em mim é água.

Aqui neste quarto tão abafado. Da janela apenas vejo o céu infinito e esquisito. Tudo sem harmonia. Vejo-me sem companhia. E ainda sendo controlada com esses comprimidos. Isto deveria funcionar? Para me levantar minha vida... Mas rodo, rodo e rasgo garganta abaixo os remédios.

Já tive nome, já fui pessoa, eu sou um rótulo e cobaia bipolar... Que legado com a vida!

Não existe cura, não há manual e nem receita a seguir; apenas encontrar os pontos cardeais no gráfico da vida, e o meu sou variável...

Ora to aqui sozinha, penso, lamento minhas incapacidades. Onde se fora parar liberdade? É tão DOIDO dizer:

--- Preciso de ajuda!

Enquanto isso, tal como eu quantos não estão sofrendo?

A cada segundo se perde o amanhã... Perde-se a família, os amigos, os momentos de alegria e as conquistas... Não sentimos mais as vidas apenas ficaram paradas diante dela.

Devolva-me a terra na qual lhe pertence. Eu imagino aquele instante do tchau. fuiiiii!

Sabe nem a ética e moral alguma poderia impedir-me, pois. Quem é controlado (por remédios) já sofre como ser humano na vida pessoal e social. Deveria me apoiar...

Dê o direito de me organizar (já q sou atrapalhada) uma vez na vida.Já estou vejativando....

Despedir das pessoas que ainda ficaram ao meu lado, e escolher como partir tranquilamente.

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